Por Elizabeth Culliford e Paresh Dave
SÃO FRANCISCO (Reuters) - O Google (NASDAQ:GOOGL) anunciou na quinta-feira que o YouTube desativou 210 canais que aparentemente estavam envolvidos numa operação coordenada em torno dos protestos Hong Kong, dias após o Twitter e Facebook disseram que desmantelaram uma campanha similar originária da China continental.
"A descoberta foi consistente com as recentes observações e ações ligadas à China anunciadas pelo Facebook e pelo Twitter", disse Shane Huntley, um dos líderes de segurança do Google, em um post, mas não informou a origem dos canais.
O Twitter e o Facebook na segunda-feira disseram que as páginas removidas se envolveram em um esforço da China para prejudicar os protestos em Hong Kong através de postagens, que chamavam os participantes de extremistas perigosos e vis.
Twitter, Facebook e YouTube são bloqueados na China continental, mas estão disponíveis em Hong Kong. Os três serviços proíbem práticas enganosas e contas não autênticas.
As três empresas também foram criticadas por usuários por gerar receita e apoiar a mídia estatal e autoridades na China.
Vários usuários de mídia social em Hong Kong publicaram prints nas últimas duas semanas que, segundo eles, mostraram propagandas anti-protestos de canais como a Televisão Central da China, ou CCTV, aparecendo no Twitter e no YouTube. Os anúncios criticavam os manifestantes de Hong Kong.
O YouTube disse que não planeja alterar suas políticas de anúncios. Mas disse à Reuters que em breve expandiria sua rotulagem de veículos de mídia apoiados pelo estado na região.