Por Kate Abnett e Matthew Green
BRUXELAS/LONDRES (Reuters) - O ano passado empatou com 2016 como o mais quente já registrado, fechando a década mais quente globalmente com a intensificação dos impactos da mudança climática, disse o Copernicus Climate Change Service, da União Europeia, nesta sexta-feira.
Após um outono e inverno excepcionalmente quentes na Europa, o continente teve seu ano mais quente já registrado em 2020, enquanto o Ártico sofreu um calor extremo e as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, que aquecem o planeta, continuaram a aumentar.
Cientistas disseram que os dados mais recentes ressaltam a necessidade de países e empresas reduzirem as emissões de gases de efeito estufa com rapidez suficiente para alcançar as metas do Acordo de Paris de 2015 para evitar mudanças climáticas catastróficas.
"Os eventos climáticos extraordinários de 2020 e os dados do Copernicus Climate Change Service nos mostram que não temos tempo a perder", disse Matthias Petschke, diretor para Espaço na Comissão Europeia, braço executivo da UE. Os programas espaciais do bloco incluem os satélites de observação terrestre Copernicus.
Em 2020, as temperaturas globais ficaram em média 1,25 grau Celsius mais altas do que nos tempos pré-industriais, segundo Copernicus.
O acordo de Paris visa limitar o aumento das temperaturas para "bem abaixo" de 2ºC e o mais próximo possível de 1,5C para evitar os impactos mais devastadores das mudanças climáticas.