Por Sylvia Westall e Tom Perry
BEIRUTE (Reuters) - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, indicou nesta terça-feira que espera um apoio maior de seu principal aliado regional, o Irã, após um acordo nuclear com Estados ocidentais que apoiaram uma insurgência contra o líder sírio.
Já os rebeldes que combatem Assad expressaram preocupação de que o acordo poderá expandir a influência iraniana na região às suas custas.
Teerã tem fornecido apoio militar e financeiro para Assad no conflito que já dura quatro anos e que se tornou o foco da luta entre o Irã, xiita, e a monarquia conservadora sunita da Arábia Saudita.
Assad, em telegrama parabenizando o líder supremo do Irã sobre o acordo alcançado com grandes potências nesta terça-feira, classificou o evento como "um grande ponto de virada" na história do Irã e do mundo.
"Estamos confiantes de que a República Islâmica do Irã irá apoiar, com maior orientação, causas justas de nações e trabalhos de paz e estabilidade na região e no mundo", disse Assad para o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, de acordo com texto publicado pela agência de notícias estatal Sana.
O suporte militar iraniano para Assad acontece na forma de apoio para o grupo político e guerrilheiro libanês Hezbollah, com o envio de conselheiros militares iranianos, e com a mobilização de combatentes xiitas de outros lugares da região.
Uma série de reveses para Assad desde o fim de março desencadeou repetidas declarações de apoio por parte do Irã. Assad ratificou uma nova linha de crédito de 1 bilhão de dólares com Teerã neste mês. E o presidente iraniano, Hassan Rouhani, no mês passado, disse que apoiaria o governo sírio "até o fim da estrada".