JERUSALÉM (Reuters) - Soldados israelenses mataram a tiro um palestino de 15 anos na sexta-feira durante confrontos em que pedras foram atiradas na Cisjordânia ocupada, disseram autoridades palestinas, embora os militares israelenses tenham dito que suas forças não usaram munição letal.
O adolescente foi atingido por uma bala no abdômen e levado em estado grave para tratamento em um hospital na cidade palestina de Ramallah, onde sucumbiu aos ferimentos, informou o Ministério da Saúde palestino.
Uma porta-voz militar israelense disse que os soldados usaram o que ela descreveu como "meios de dispersão de distúrbios", incluindo o disparo de balas de borracha, para enfrentar dezenas de palestinos que atiravam pedras contra os soldados e pneus queimados contra veículos israelenses.
"Os relatos sobre o uso de munição letal durante o confronto não são verdadeiros e as alegações sobre vários manifestantes feridos e um morto são conhecidos", disse a porta-voz.
O adolescente palestino participava de um protesto semanal contra os assentamentos israelenses na vila de al-Mughayyir, perto de Ramallah, disse Marzouq Abu Naeem, membro do conselho da vila, acrescentando que os manifestantes estavam jogando pedras nos soldados.
"Este crime horrível é um crime de guerra e um crime contra a humanidade", afirmou o Ministério das Relações Exteriores palestino em um comunicado.
O enviado da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse que ficou chocado com a morte. "Israel deve investigar rápida e independentemente este incidente chocante e inaceitável", tuitou.
Os palestinos querem estabelecer um Estado na Cisjordânia ocupada, Jerusalém oriental e Faixa de Gaza, territórios que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio.
(Reportagem de Ali Sawafta, Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell)