Por Jan Wolfe
WASHINGTON (Reuters) - Uma juíza dos Estados Unidos interrogou os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump nesta quinta-feira a respeito de seu esforço para não enviar uma série de documentos do governo Trump a um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de uma multidão de apoiadores do ex-presidente ao prédio do Congresso norte-americano em 6 de janeiro.
A juíza distrital Tanya Chutkan está analisando os argumentos do republicano, segundo o qual registros de telefonemas e de visitantes e outros materiais requisitados pelo comitê, comandado por parlamentares do Partido Democrata, deveriam permanecer confidenciais.
Ao final da audiência de duas horas, Chutkan disse que emitirá uma decisão por escrito "agilmente".
"Este não é somente um caso monumental, mas um que terá consequências ao longo do tempo para gerações", disse Justin Clark, um advogado de Trump, em sua colocações iniciais.
Clark disse que os pedidos do comitê são inválidos porque não têm relação com nenhuma legislação sendo analisada pelo Congresso.
Chutkan expressou ceticismo em relação ao argumento, dizendo que "o ataque de 6 de janeiro aconteceu no Capitólio", portanto o Congresso tem interesse em investigá-lo.
A juíza pareceu particularmente inclinada a permitir que o comitê veja os registros de visitantes da Casa Branca sob comando de Trump em suas últimas semanas no cargo.
"Não estamos falando dos extratos bancários de antes de seu cliente se tornar presidente. Estamos falando de documentos que são quintessencialmente sobre negócios do governo", disse ela, ao mesmo tempo que reconheceu que alguns pedidos são "muito amplos" e podem precisar ser limitados.