NOUAKCHOTT (Reuters) - O líder da afiliada do Estado Islâmico na África Ocidental reivindicou a responsabilidade por um ataque que matou quatro membros das forças especiais dos Estados Unidos e quatro soldados do Níger em outubro, informou a Agência de Notícias Nouakchott (ANI), que é independente, neste sábado.
Os soldados foram mortos em um ataque perto da vila de Tongo Tongo, na fronteira entre Mali e Níger, no dia 4 de outubro, por dezenas de rebeldes armados com metralhadoras e lança-granadas.
O incidente chamou a atenção para a presença militar pouco conhecida dos EUA no Níger --são 800 soldados lá-- e tornou-se uma grande dor de cabeça para a administração do presidente norte-americano, Donald Trump.
Funcionários da área de segurança identificaram os agressores como militantes islâmicos leais a Adnan Abu Waleed al-Sahrawi, líder do Estado Islâmico no Grande Saara que opera ao longo da fronteira do Mali com o Níger e Burkina Faso. Mas não havia, até então, nenhuma confirmação do próprio Al-Sahrawi reivindicando a autoria do ataque.
"Nós reivindicamos o ataque que visava os comandos norte-americanos na aldeia de Tongo Tongo", disse Sahrawi, de acordo com a ANI. Ele é conhecido por raramente dar declarações públicas.
A ausência do poder público em todo o Saara permitiram que os grupos jihadistas prosperassem e lançassem ataques cada vez mais letais contra alvos locais e ocidentais na região e também mais ao sul, no semi-árido. Esses rebeldes são vistos como a maior ameaça à estabilidade da região.
(Por Kissima Diagana)