Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - O chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que é alvo de uma investigação de corrupção, disse nesta terça-feira que a entidade ainda precisa de 150 milhões de dólares em doações para continuar operando até o final do ano.
Pierre Krahenbuhl, comissário-geral da UNRWA, disse que Suíça, Holanda e Bélgica suspenderam suas contribuições à agência enquanto a investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) – cujas conclusões ele promete acatar – está em curso.
"Nosso orçamento (de 2019) para todas as operações da UNRWA em Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Síria, Jordânia e Líbano é de 1,2 bilhão de dólares. Neste momento temos um déficit remanescente de 150 milhões de dólares", disse Krahenbuhl.
A UNRWA proporciona serviços a cerca de 5 milhões de palestinos em Gaza, Cisjordânia, Síria, Jordânia e Líbano.
A maioria é de descendentes dos cerca de 700 mil palestinos que foram expulsos de suas casas ou fugiram dos combates da guerra de 1948 que levou à criação de Israel.
No ano passado, os Estados Unidos, os maiores doadores da UNRWA, comunicaram a suspensão de sua ajuda anual de 360 milhões de dólares ao que classificou como uma "operação irremediavelmente falha".
Washington refuta a contagem de refugiados palestinos da ONU, questionando o "direito de retorno" reivindicado pelos palestinos como parte de um eventual acordo de paz com Israel.