Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - A agência de alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que seu diretor visitará a Coreia do Norte nesta terça-feira visando aumentar a distribuição de comida para mulheres e crianças famintas, o sinal mais recente de abertura do país isolado.
A visita de quatro dias ocorre em meio a uma reaproximação entre as Coreias do Norte e do Sul e aos preparativos para conversas sobre a desnuclearização com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) disse que atua em solo norte-coreano há anos, mas que a visita se concentrará na intensificação da ajuda.
Cerca de 70 por cento dos 25 milhões de norte-coreanos estão sofrendo de "insegurança alimentar", o que significa que estão tendo dificuldade para evitar passar fome, e uma de quatro crianças de menos de cinco anos está sendo prejudicada em seu desenvolvimento pela desnutrição crônica, de acordo com a PMA, que acrescentou que uma seca em 2015 agravou a situação.
Atualmente a agência pretende assistir 650 mil mulheres e crianças por mês fornecendo cereais fortificados e biscoitos enriquecidos. A PMA socorre em média 500 mil delas hoje em dia, disse sua porta-voz, Bettina Luescher.
"A escassez de fundos levou as rações a serem reduzidas e suspensas em alguns casos", disse a PMA em um comunicado que coincidiu com o início da viagem de seu diretor-executivo, David Beasley, entre os dias 8 e 11 de maio.
As cifras publicadas no site da agência mostram que ela só recebeu 19,2 por cento dos 52 milhões de dólares que solicitou para 2018. Suíça, Suécia e França estão entre os maiores doadores.