Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Agências de espionagem dos Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que extremistas com motivações raciais e milícias extremistas representam as ameaças de terrorismo doméstico mais letais, e alertaram que as ameaças podem aumentar este ano.
A avaliação emitida pelo gabinete do diretor de Inteligência Nacional informa que extremistas com motivação racial são os mais propensos a realizar ataques graves contra civis, enquanto integrantes de milícias costumam ter como alvo edifícios e representantes da polícia e do governo.
As agências que contribuíram para o relatório, incluindo o FBI, o Departamento de Segurança Interna e o Centro Nacional de Contraterrorismo, afirmaram que extremistas domésticos que promovem a superioridade racial branca têm contatos potencialmente perigosos com extremistas estrangeiros, e que um pequeno número de extremistas norte-americanos viajou para interagir com contrapartes no exterior.
As agências disseram que outras categorias extremistas domésticas preocupam os investigadores do governo, incluindo ativistas ambientais e dos direitos dos animais, manifestantes antiaborto, anarquistas e pessoas que se autodenominam cidadãos soberanos que "acreditam que são imunes à autoridade e às leis do governo".
De acordo com as agências, desenvolvimentos políticos e sociais recentes --como acusações do ex-presidente Donald Trump e seus apoiadores sobre fraude na eleição presidencial dos EUA, restrições relacionadas à Covid-19, consequências do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA e teorias da conspiração-- "quase certamente estimularão" alguns extremistas domésticos "a tentarem se envolver em violência este ano".
(Reportagem de Mark Hosenball)