Por Alex Dobuzinskis
(Reuters) - Um imigrante somali que feriu 11 pessoas num ataque com um carro e uma faca na Universidade do Estado de Ohio pode ter sido inspirado pelo Estado Islâmico e pelo clérigo já morto Anwar al-Awlaki, que tinha ligações com a Al Qaeda, disse uma autoridade do FBI nesta quarta-feira.
Na terça-feira, o grupo militante Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque no campus em Columbus. Awlaki, nascido nos Estados Unidos, foi morto num ataque por um drone norte-americano em 2011.
O responsável pelo ataque em Ohio, Abdul Razak Ali Artan, um estudante muçulmano de 20 anos da universidade, jogou o carro contra pedestres e depois saiu do veículo para esfaquear outras vítimas na segunda-feira.
Um policial terminou rapidamente com a ação ao matar a tiros Artan, um imigrante nascido na Somália e residente legal e permanente nos EUA, declararam autoridades.
"Neste momento não temos conhecimento de mais ninguém envolvido no planejamento desse ataque, mas a investigação continua”, afirmou à imprensa Angela Byers, agente especial do FBI.
"Parece que Artan pode pelo menos ter sido inspirado por Anwar Awlaki e pelo Estado Islâmico, e nós vamos continuar a examinar isso como parte da investigação”, declarou ela.
Na ocasião da sua morte, al-Awlaki foi identificado pela inteligência dos EUA como “chefe de operações externas” da Al Qaeda no Iêmen e um propagandista da causa islâmica com conhecimentos sobre internet.
Nenhuma das vítimas teve ferimentos que representassem risco de vida, e a maior parte deixou o hospital depois de um dia, afirmaram autoridades.
Uma pessoa foi atingida no pé por uma bala disparada pelo policial de Ohio que matou Artan, disse Richard Bash, da polícia de Columbus.
O FBI não tinha informações de que Artan era uma ameaça em potencial, afirmou Byers.
O presidente eleito Donald Trump, que defendeu uma “verificação extrema” de imigrantes muçulmanos, criticou nesta quarta via Twitter a entrada de Artan no país
"O Estado Islâmico está assumindo o terrível ataque com faca na Universidade do Estado de Ohio por um refugiado somali que não deveria estar em nosso país”, afirmou Trump na rede social.