JERUSALÉM (Reuters) - Forças de segurança israelenses mataram a tiros dois agressores palestinos munidos de facas nesta terça-feira na Cisjordânia ocupada, disseram autoridades de Israel, no momento em que a onda de ataques com facas, disparos e atropelamentos levados a cabo por palestinos entrou em seu terceiro mês.
Dezenove israelenses e um norte-americano foram mortos desde 1º de outubro. Forças israelenses mataram 97 palestinos, dos quais 58 foram identificados por Israel com agressores ou foram flagrados por câmeras cometendo ataques, e outros foram alvejados em confrontos com policiais e soldados.
Uma porta-voz da polícia disse que um palestino que tentou agredir pessoas com uma faca em um entroncamento movimentado do conjunto de assentamentos judeus de Etzion, na Cisjordânia, foi morto a tiros. Os disparos de um policial israelense que procurava preservar a cena do crime feriram levemente um transeunte, informou ela.
Perto do assentamento de Einav, também na Cisjordânia, uma palestina foi morta por disparos de um oficial israelense que ela tentou esfaquear, declarou o Exército.
A onda de mortes vem sendo causada em parte pela revolta muçulmana com as visitas de judeus ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, o terceiro local mais sagrado do islamismo e também reverenciado pelos judeus como o cenário de dois templos bíblicos destruídos.
As orações de não-muçulmanos são proibidas no entorno de Al-Aqsa, e Israel disse que isso não irá mudar, mas o aumento das visitas de ativistas religiosos judeus e de políticos israelenses ultra-nacionalistas ao complexo alimentou a desconfiança palestina.
(Por Ori Lewis)