WASHINGTON (Reuters) - A organização dos Estados Unidos que envia voluntários para o exterior, conhecida como Corpo de Paz, informou nesta quarta-feira que vai retirar 340 voluntários de Libéria, Serra Leoa e Guiné por causa do vírus ebola, que já matou 672 pessoas nos três países desde fevereiro.
Um porta-voz da organização disse que dois voluntários estavam isolados e em observação depois de terem sido expostos a uma pessoa que morreu contaminada pelo ebola.
"Esses voluntários não são sintomáticos e, atualmente, estão isolados e em observação", disse o porta-voz em um comunicado.
O Corpo da Paz, citando preocupações com a privacidade, se recusou a revelar onde os dois voluntários entraram em contato com a vítima de ebola. Eles devem voltar aos EUA assim que forem liberados para viajar, acrescentou o porta-voz da organização.
É o pior surto já registrado do vírus, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Acredita-se que o vírus derive de animais silvestres, como morcegos, e seja transmitido entre os seres humanos que têm contatos com vítimas ou por meio de fluidos corporais.
Mais cedo, o Corpo da Paz disse que está "retirando temporariamente seus voluntários da Libéria, Serra Leoa e Guiné, devido ao aumento da propagação do vírus ebola".
O Corpo da Paz tem atualmente 102 voluntários na Guiné, 108 na Libéria e 130 em Serra Leoa, atuando nas áreas de educação, saúde e agricultura.
O Departamento de Estado norte-americano confirmou que um cidadão norte-americano morreu de ebola na Nigéria depois de ser infectado na Libéria.
Dois outros trabalhadores de ajuda norte-americanos infectados com o ebola - o médico Kent Brantly e missionária Nancy Writebol - estão em estado grave, mas apresentaram leve melhora.
(Reportagem de Lesley Wroughton)