Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) - As lacunas entre Israel e o Hamas em relação a um possível cessar-fogo em Gaza diminuíram, de acordo com comentários de autoridades israelenses e palestinas na segunda-feira, embora diferenças cruciais ainda não tenham sido resolvidas.
Uma nova tentativa dos mediadores Egito, Catar e Estados Unidos de acabar com os combates e libertar reféns israelenses e estrangeiros ganhou impulso este mês, embora ainda não tenha sido relatado avanço.
Uma autoridade palestina familiarizada com as conversações disse que, embora alguns pontos problemáticos tenham sido resolvidos, a identidade de alguns dos prisioneiros palestinos a serem libertados por Israel em troca de reféns ainda não foi acordada, juntamente com o posicionamento preciso das tropas israelenses em Gaza.
Suas falas corresponderam aos comentários do ministro da diáspora israelense, Amichai Chikli, que disse que ambas as questões ainda estavam sendo negociadas. No entanto, disse ele, as partes estavam muito mais próximas de chegar a um acordo do que estiveram durante meses.
"Esse cessar-fogo pode durar seis meses ou dez anos, depende da dinâmica que se formará no terreno", disse Chikli à rádio Kan de Israel. Muito depende das potências que estarão administrando e reabilitando Gaza após o fim dos combates, afirmou ele.
A duração do cessar-fogo tem sido um ponto de atrito fundamental em várias rodadas de negociações fracassadas. O Hamas quer o fim da guerra, enquanto Israel busca primeiro o fim do domínio do Hamas em Gaza.
"A questão do fim total da guerra ainda não foi resolvida", disse a autoridade palestina.
O ministro israelense Zeev Elkin, membro do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse à Rádio do Exército de Israel que o objetivo é encontrar uma estrutura acordada que resolvesse essa diferença durante uma segunda etapa do acordo de cessar-fogo.
Chikli afirmou que o primeiro estágio seria uma fase humanitária que duraria 42 dias e incluiria a libertação de reféns.