Por Vladimir Soldatkin e Anton Zverev
MOSCOU (Reuters) - Aliados próximos de Alexei Navalny, o crítico mais vocal do presidente russo Vladimir Putin e atualmente preso, prometeram neste domingo continuar suas ações políticas, apesar da perspectiva de banimento por acusações de extremismo.
O Tribunal da Cidade de Moscou deve trabalhar dentro de alguns dias sobre um pedido de um promotor da cidade para declarar como oficialmente ilegal a espinha dorsal do movimento político de Navalny - a Fundação Anticorrupção (FBK) - sob o argumento de que se trata de um grupo extremista.
Tal decisão, se acontecer, daria às autoridades o poder legal de deter e prender seus apoiadores e bloquear suas contas bancárias simplesmente por serem ativistas ligados à FBK.
Leonid Volkov, chefe de gabinete da equipe de Navalny, disse neste domingo que o grupo continuará com seu trabalho, que inclui investigações sobre corrupção.
"Não vamos desistir", disse Volkov em uma transmissão online. Ele mora na Lituânia.
Navalny foi preso em fevereiro, condenado por 2 anos e meio por acusações que ele considerou de motivação política. Na sexta-feira, ele disse que iria encerrar gradualmente uma greve de fome após receber atendimento médico.