MANILA (Reuters) - O conselho de segurança das Filipinas verificará uma suposta ameaça de assassinato feita pela vice-presidente Sara Duterte contra o presidente Ferdinand Marcos Jr., disse uma alta autoridade neste domingo, descrevendo-a como uma "questão de segurança nacional".
Duterte, em um briefing matinal contundente no sábado, disse que havia falado com um assassino e os instruído a matar Marcos, sua esposa e o presidente da Câmara das Filipinas, caso ela fosse morta.
O conselheiro de Segurança Nacional Eduardo Ano disse que o governo considera todas as ameaças ao presidente como "sérias", prometendo trabalhar em estreita colaboração com as autoridades policiais e as comunidades de inteligência para investigar a ameaça e os possíveis perpetradores.
"Toda e qualquer ameaça contra a vida do presidente será validada e considerada uma questão de segurança nacional", disse Ano em um comunicado.
O Gabinete de Comunicações Presidenciais, citando o Ministério da Justiça, disse que as ameaças de Duterte estão agora sob investigação e podem levar a acusações.
"Se as evidências justificarem, isso poderá levar a um eventual processo", disse o gabinete de Marcos em um comunicado.
A ameaça de Duterte decorreu de uma ordem dos parlamentares para transferir seu chefe de gabinete para uma prisão por supostamente impedir a investigação sobre o suposto uso indevido de fundos públicos pela vice-presidente.
Duterte, filha do ex-presidente Rodrigo Duterte, e Marcos já foram parceiros políticos e ganharam um mandato esmagador para liderar os dois principais cargos do país em 2022. A aliança ruiu este ano por diferenças políticas.
(Reportagem de Mikhail Flores)