Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A comissão técnica da seleção brasileira quer usar o amistoso com a Alemanha em março para fazer aprimoramentos técnicos e táticos, mas acima de tudo tirar a pressão do duelo que na Copa da Mundo de 2014 levou o Brasil à derrota por 7 x 1 em casa, disse à Reuters o coordenador técnico do Brasil, Edu Gaspar.
Segundo ele, desde que o Tite assumiu a seleção brasileira em 2016, a estratégia era marcar um compromisso contra os alemães. Um duelo entre as duas seleções aconteceu na final da Olimpíada do Rio em 2016, com o Brasil levando a melhor no Maracanã sob o comando do craque Neymar. Os alemães, no entanto, não tinham suas principais estrelas.
"A gente não pode negar o que aconteceu. A cicatriz existe e sempre vai existir. É uma realidade da história", disse ele. "Mas desde que essa nova comissão chegou, a gente queria enfrentar a Alemanha antes da Copa (da Rússia), para que a imprensa e nós mesmos possamos falar sobre o 7 x 1".
Gaspar aponta Alemanha, França, Bélgica e Espanha como os principais adversários do Brasil para a conquista do mundial de 2018. "A gente não se preocupa em falar em título na Rússia. A gente espera ter grande desempenho", acrescentou.
NEYMAR MELHOR DO MUNDO
O coordenador brasileiro se mostrou empolgado com a excelente fase vivida por Neymar no PSG da França. O atacante brasileiro tem média de praticamente um gol por partida na equipe e é o protagonista da equipe.
Para Gaspar, o craque tem tudo para ser eleito melhor do mundo esse ano, superando o argentino Messi e o português Cristiano Ronaldo.
"Neymar é um grande cara que está engajado, preocupado com protagonismo e acha que há outros na seleção", disse. "Vamos dar a ele o respaldo necessário para potencializar o futebol dele", afirmou o coordenador, para quem o jogador é o melhor do mundo "pelo momento que vive".
O Brasil está no grupo E da Copa do Mundo com Sérvia, Costa Rica e Suíça. Os próximos amistosos seleção serão contra Rússia(na Rússia) e a Alemanha, em Berlim.