SANAA (Reuters) - Pelo menos 16 civis do Iêmen, inclusive dez pessoas de uma única família, foram mortos em um ataque aéreo da coalizão liderada pela Arábia Saudita, que atingiu várias partes do país, segundo médicos de três províncias.
Países do golfo árabe intensificaram seus ataques aéreos contra o movimento xiita Houthi, aliado do Irã, depois que o grupo matou pelo menos 60 tropas árabes que estavam no Iêmen em um ataque de míssil na última sexta-feira.
Os assaltos atingiram a capital Sanaa, controlada pelos Houthis, e a cidade de Taiz, no sul, que está sendo disputada em brigas de rua entre os Houthis e as forças militares do Iêmen, apoiadas pelo Golfo.
Dois civis foram mortos na capital e dez pessoas de uma única família morreram em Taiz. Testemunhas disseram que os ataques pareciam ter sido dirigidos a casas de líderes políticos aliados dos Houthis.
Mais quatro pessoas foram mortas perto da fronteira do Iêmen com a Arábia Saudita, ao norte da província de Saada.
A aliança árabe afirma que evita matar civis na guerra que dura cinco meses com o objetivo de restaurar o exilado governo do Iêmen e afastar a suposta influência do Irã no mundo árabe.
Condenando os ataques como crimes de guerra, os Houthis negaram a interferência de Teerã e acusaram o governo e seus aliados árabes de serem peões do Ocidente.
Mais de 4.500 pessoas foram mortas em conflitos e ataques aéreos, e a guerra deve continuar, porque os estados árabes levaram milhares de tropas para o Iêmen, em ataque planejado a Sanaa.