Por Steve Holland
MILWAUKEE (Reuters) - As vitórias decisivas no Estado norte-americano do Wisconsin fortaleceram os pré-candidatos presidenciais Ted Cruz e Bernie Sanders, republicano e democrata respectivamente, criando ímpeto para suas campanhas no momento em que se preparam para a primária partidária crucial de Nova York em duas semanas.
Na tentativa de contê-los, o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton procurarão agora recalibrar suas próprias campanhas e garantir vitórias em um Estado que é o lar de ambos e onde podem decidir a corrida pela indicação de seus partidos na prática se vencerem com grande vantagem.
Trump terá que demonstrar que é capaz de absorver o choque de uma derrota e reagir contra Cruz. O senador do Texas mostrou que é visto por cada vez mais pessoas como a principal alternativa dos republicanos que não conseguem se convencer a votar no bilionário na eleição presidencial do dia 8 de novembro.
A vitória enfática de Cruz no Wisconsin na terça-feira desacelerou o progresso de Trump rumo à conquista dos delegados necessários e aumentou as chances de os republicanos terem que realizar uma rara "convenção disputada" –quando nenhum pré-candidato acumula os delegados necessários para ser oficializado como candidato– em Cleveland em julho.
A corrida republicana agora se volta para Nova York, que vota no dia 19 de abril. O presidente do comitê da legenda no Estado, Ed Cox, disse acreditar que sua unidade federativa pode decidir a indicação. "Levando em conta a grande diversidade de Nova York, acho que será um momento definitivo", afirmou.
Do lado democrata, Sanders, senador do Vermont nascido no bairro nova-iorquino do Brooklyn, tenta virar o jogo e derrotar Hillary, mas terá dificuldade em superar seu grande déficit de delegados conquistados.