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Apesar de tensões, Rússia busca ajuda dos EUA para reconstruir Síria

Publicado 03.08.2018, 21:07
Atualizado 03.08.2018, 21:10
© Reuters. Soldado sírio em veículo militar em al-Hajar al-Aswad, Síria

Por Arshad Mohammed e Phil Stewart

WASHINGTON (Reuters) - A Rússia usou um canal de comunicação rigorosamente protegido com o principal general dos Estados Unidos para propor que os dois ex-inimigos da Guerra Fria cooperem para reconstruir a Síria e repatriar refugiados do país devastado pela guerra, de acordo com um memorando do governo dos Estados Unidos.

A proposta foi enviada em carta de 19 de julho pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, ao general dos Fuzileiros Navais Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, segundo memorando visto pela Reuters.

O plano russo, que não foi relatado anteriormente, teve uma recepção apática em Washington. O memorando dizia que a política dos EUA é de somente apoiar tais esforços se houver uma solução política para encerrar a guerra de sete anos na Síria, incluindo medidas como eleições supervisionadas pela Organização das Nações Unidas.

A proposta ilustra como a Rússia, tendo ajudado a virar o rumo da guerra a favor do presidente Bashar al-Assad, agora está pressionando Washington e outros para auxiliarem na reconstrução de áreas sob controle de Assad. Tal esforço provavelmente ajudaria a fortalecer ainda mais a posição de Assad no poder.

“A proposta argumenta que o regime sírio não possui equipamentos, combustível, outros materiais e financiamentos necessários para reconstruir o país para aceitar retornos de refugiados”, de acordo com o memorando, que especificava que a proposta era relacionada às áreas do país controladas pelo governo sírio.

Os EUA adotaram em 2011 uma política de que Assad deve deixar o poder, mas depois observaram as forças do governo sírio, apoiadas pelo Irã e então a Rússia, reconquistarem territórios e assegurarem a posição de Assad.

Os EUA traçaram um limite sobre assistência em reconstrução, dizendo que isto estaria amarrado ao processo que inclui eleições supervisionadas pela ONU e uma transição política na Síria. Os EUA culpam Assad pela devastação da Síria.

O escritório de Dunford se negou a comentar sobre comunicação com Gerasimov.

“De acordo com prática passada, ambos generais concordaram em manter em particular os detalhes de suas conversas”, disse a porta-voz capitã Paula Dunn.

O Kremlin e o Ministério da Defesa da Rússia não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

O conflito na Síria matou cerca de meio milhão de pessoas, fez com que 5,6 milhões fugissem do país e deslocou cerca de 6,6 milhões dentro dele.

A maior parte dos que fugiram do país é da maioria muçulmana sunita e é incerto se o governo de Assad, dominado por alauitas, irá permitir que todos retornem livremente. Sunitas representam grande parte da oposição armada contra Assad.

© Reuters. Soldado sírio em veículo militar em al-Hajar al-Aswad, Síria

“Os Estados Unidos só irão apoiar retornos de refugiados quando forem seguros, voluntários e dignos”, dizia o memorando, que é especificamente sobre o plano russo para a Síria.

A reconstrução da Síria será também um esforço maciço, custando ao menos 250 bilhões de dólares, de acordo com uma estimativa da ONU.

Algumas autoridades dos EUA acreditam que a dependência da Síria com a comunidade internacional por reconstrução, junto à presença dos EUA e de forças apoiadas pelos EUA em parte da Síria, dá poder a Washington conforme diplomatas pressionam por um fim negociado à guerra.

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