LONDRES (Reuters) - A BBC enfrentou crescente pressão nesta terça-feira sobre o porquê de pagar a algumas mulheres menos do que homens em cargos equivalentes, e parlamentares e o órgão que monitor antidiscriminação do Reino Unido questionaram a saída da editora para a China, Carrie Gracie.
Irritada por causa da revelação de que recebia salário menor do que seus colegas homens, a respeitada especialista sobre a China se demitiu do cargo para lutar contra o que chamou de “cultura de pagamento sigilosa e ilegal da BBC”.
A saída da editora aconteceu após divulgação de valores de pagamentos da BBC, que é financiada por uma taxa cobrada de espectadores de TV no Reino Unido, incomodar muitas de suas funcionárias mulheres ao mostrar discrepâncias aparentes entre o que homens e mulheres recebiam por funções similares.
“As brilhantes mulheres trabalhando em todos os níveis da BBC merecem mais que isto”, disse Matt Hancock, recém-nomeado ministro da Cultura e Mídia, durante um debate organizado às pressas no Parlamento sobre os salários da BBC.
Ele também sugeriu que alguns homens proeminentes do canal recebiam muito para uma organização de financiamento público –uma acusação frequentemente feita contra a BBC por mídias rivais britânicas e outros críticos.
“A BBC começou a agir e eu saúdo isto, mas é preciso mais ação, muito mais ação, especialmente quando editores da BBC no exterior podem receber mais do que embaixadores da Sua Majestade na mesma jurisdição”, disse.
A BBC não comentou as declarações, mas reiterou que sua diferença salarial entre homens e mulheres é significativamente melhor do que a média nacional. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20180109T175341+0000 20180109T181948+0000