RIAD (Reuters) - A Arábia Saudita expandiu um raro congelamento de peregrinações às cidades sagradas muçulmanas de Meca e Medina por estrangeiros para incluir também cidadãos e residentes sauditas devido a preocupações com o novo coronavírus, informou a agência de notícias estatal SPA.
Riad relatou seu primeiro caso da doença na segunda-feira e uma segunda incidência nesta quarta-feira, ambos de cidadãos do país que não divulgaram visitas recentes ao Irã, que registrou o maior número de mortes fora da China, onde o vírus se originou.
"Com base nas recomendações do comitê nomeado para monitorar o coronavírus... foi decidido suspender a umrah para cidadãos e residentes no reino", disse a SPA, citando uma fonte do Ministério do Interior saudita.
A umrah refere-se a rituais de peregrinação realizados nas cidades sagradas ao longo do ano e é separado da anual haj de uma semana, que normalmente atrai 2 milhões de muçulmanos de todo o mundo. A haj começa este ano no final de julho.
A decisão mais recente será revisada regularmente e revertida quando a situação mudar, acrescentou a agência SPA.
O dr. Sami Angawi, especialista saudita em Meca e Medina e também em haj, disse que as últimas restrições são as mais severas que ele lembra, mas não sem precedentes em 1.400 anos da história islâmica.
(Reportagem de Alaa Swilam e Marwa Rashad)