ARGEL (Reuters) - A Argélia nomeou um novo governo, informou a TV estatal do país nesta quinta-feira, conforme enfrenta sua maior crise política em décadas e uma profusão de problemas econômicas causados pela queda nas receitas provenientes de energia.
O presidente Abdelmadjid Tebboune foi eleito no mês passado e o primeiro-ministro, Abdelaziz Djerad foi indicado no sábado. Eles mantiveram vários postos importantes inalterados, aparentemente sinalizando continuidade nas principais políticas estatais.
Os grandes protestos que se iniciaram em fevereiro conseguiram derrubar o veterano ex-presidente Abdelaziz Bouteflika em abril. A eleição para substituí-lo foi adiada duas vezes enquanto os manifestantes diziam que seria ilegítimo se a elite governamental continuasse no poder.
Tebboune foi eleito no mês passado em um pleito rejeitado pelo movimento de protestos, com 58% dos votos, mas com um comparecimento de apenas 40% do eleitorado.
Ele oferece a possibilidade de diálogo com os manifestantes, mas o movimento sem líderes continua a promover manifestações desde a eleição.
A Argélia depende de vendas de petróleo e gás para 60% da receita do governo e desde o início da queda dos preços das commodities em 2014, as reservas internacionais do país diminuíram em mais da metade.