PEQUIM (Reuters) - A Argentina ainda está negociando os termos de um projeto de energia nuclear na província de Buenos Aires financiado por Pequim, disse uma autoridade de governo nesta terça-feira, acrescentando que o projeto do reator chinês Hualong Um seria uma boa escolha para a iniciativa.
Os dois lados ainda estão decidindo as "novas estruturas financeiras" do projeto conhecido como Atucha III, disse Julian Gadano, subsecretário de energia nuclear da Argentina, ao Fórum de Energia Nuclear e Desenvolvimento Sustentável da China em Pequim – um acordo de valor estimado em 8 bilhões de dólares.
Uma delegação da China deveria ter visitado a Argentina no mês passado para debater a construção de uma usina que, se finalizada, será um dos maiores projetos financiados por Pequim no país sul-americano.
A construção de um reator Hualong Um na Argentina "permitirá à China se envolver em um mercado maduro" e mostrar ao mundo seus avanços tecnológicos no setor, acrescentou Gadano.
O Hualong Um é um projeto de reator chinês de terceira geração. Um deles está sendo construído para o complexo da usina nuclear de Karachi, no Paquistão, e a China também está envolvida em um longo processo de aprovação para construir um no Reino Unido.
Fontes haviam dito à Reuters que as negociações prolongadas do projeto argentino se devem em parte a preocupações a respeito da proporção de componentes que ficará a cargo de fornecedores domésticos.
Li Xiaoming, gerente-geral-assistente da China National Nuclear Corp, disse nesta terça-feira que o índice de produção local do reator argentino será de 40 por cento, sem dar detalhes.
(Por David Stanway)