BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina disse nesta terça-feira que tentará se aproximar da Aliança do Pacífico, em uma virada diplomática que pode aprofundar as turbulências atravessadas pelo Mercosul.
Depois de assumir em dezembro, o governo de centro-direita de Mauricio Macri tem se aproximado dos Estados Unidos e manifestado diferenças com a Venezuela, um membro do Mercosul que tinha laços estreitos com a Argentina até o ano passado.
Como uma opção ante as intermináveis disputas comerciais que o país mantém com o Brasil, a Argentina pretende se aproximar da aliança de livre comércio formada por Chile, Colômbia, Peru e México.
Para isso, Macri viajará ao final de junho ao Chile, onde será realizada a próxima cúpula da Aliança do Pacífico, com o objetivo de obter para a Argentina a qualidade de país "observador" do bloco.
"O primeiro passo é esse", disse à Reuters um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, que destacou que "de nenhuma maneira" a Argentina vai abandonar o Mercosul.
De acordo com declarações da chanceler argentina, Susana Malcorra, ao jornal La Nación, "há um claro objetivo do presidente de começar a trabalhar arduamente em uma aliança real com os países do Pacífico e unir estes interesses com os do Mercosul".
(Por Nicolás Misculin)