Por Gabrielle Tétrault-Farber
TBILISI (Reuters) - Novos confrontos eclodiram entre Azerbaijão e a Armênia nesta quarta-feira e os esforços internacionais de paz se intensificaram, um dia após as duas ex-repúblicas soviéticas presenciarem os episódios mais mortais de violência desde 2020, quando centenas morreram.
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, disse ao Parlamento que seu pequeno país sem saída para o mar apelou à Organização do Tratado de Segurança Coletiva, liderada por Moscou, para ajudá-lo a restaurar sua integridade territorial.
"Se dissermos que o Azerbaijão atacou a Armênia, isso significa que eles conseguiram estabelecer o controle sobre alguns territórios", disse ele à agência russa Tass.
A Armênia e o Azerbaijão lutam há décadas pela região de Nagorno-Karabakh, um enclave montanhoso que é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas que até 2020 era povoado e controlado por armênios étnicos, com o apoio do governo de Yerevan.
Pashinyan disse que 105 militares armênios foram mortos desde que os ataques começaram, e que a cidade termal de Jermuk foi bombardeada.
O Ministério da Defesa da Armênia, que negou bombardear posições do Azerbaijão, disse na quarta-feira que "o tiroteio quase parou, em todas as direções".
(Reportagem de Nailia Bagirova em Baku e Gabrille Tétrault-Farber e Jake Cordell em Tbilisi)
((Tradução Redação São Paulo))
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