WASHINGTON (Reuters) - O Arquivo Nacional dos Estados Unidos pediu a ex-presidentes e vice-presidentes norte-americanos nesta quinta-feira que verifiquem novamente seus registros pessoais em busca de documentos confidenciais ou outros registros presidenciais, após a descoberta de tais documentos na posse do ex-presidente Donald Trump, do atual presidente Joe Biden e do ex-vice-presidente Mike Pence, informou a CNN.
A Administração Nacional de Arquivos e Registros (Nara, na sigla em inglês) enviou uma carta a representantes de ex-presidentes e vice-presidentes das últimas seis administrações presidenciais cobertas pela Lei de Registros Presidenciais (PRA), acrescentou a reportagem.
A carta citada pela CNN solicita que os ex-líderes verifiquem seus arquivos para garantir que o material considerado pessoal não contenha inadvertidamente registros presidenciais que são obrigados por lei a serem entregues ao Arquivo Nacional. O Arquivo Nacional dos EUA não respondeu a um pedido de comentário.
"Solicitamos que você conduza uma avaliação de quaisquer materiais mantidos fora do Nara relacionados à Administração para a qual você atua como representante designado sob a PRA, para determinar se corpos de materiais anteriormente considerados de natureza pessoal podem conter inadvertidamente informações presidenciais ou registros vice-presidenciais sujeitos à PRA, sejam eles confidenciais ou não", disse a CNN, citando a carta.
Documentos marcados como confidenciais foram descobertos na casa de Pence em Indiana na semana passada. Biden, cujos documentos datam de seu tempo como vice-presidente e senador, e Trump, que resistiu a entregar os itens, levando a uma operação do FBI, estão enfrentando investigações de promotores especiais do Departamento de Justiça sobre o manuseio impróprio de materiais sigilosos.
A manipulação dos registros por Trump também está sob investigação criminal federal.
Um porta-voz do ex-presidente Barack Obama disse à Reuters, quando questionado sobre possíveis documentos confidenciais, que seu escritório recebeu um "liberação" do Arquivo Nacional.
(Reportagem de Doina Chiacu)