Por Michael Roddy
LONDRES (Reuters) - O artista chinês dissidente Ai Weiwei terá o que está sendo anunciado como a maior retrospectiva de seu trabalho exposta na Grã-Bretanha em uma mostra a ser inaugurada na Royal Academy of Art de Londres em setembro, anunciou a academia nesta segunda-feira.
A exibição está sendo montada na ausência de Weiwei, já que ele não pode sair da China. Crítico da repressão do governo chinês à liberdade de expressão e aos direitos humanos há décadas, Weiwei foi proibido de viajar desde sua detenção de 81 dias na China em 2011.
A exibição irá incluir obras de 1993 em diante, marcando os anos passados desde que Weiwei voltou a seu país depois de mais de uma década morando no exterior, incluindo Nova York, onde foi influenciado pelo artista pop Andy Warhol e também se tornou um defensor do movimento da "arte encontrada", ou "ready-made", cujo símbolo maior foi Marcel Duchamp.
"Estou honrado de ter a chance de exibir na Royal Academy of Arts", disse Weiwei em comunicado divulgado pela entidade. "Esta exibição é minha primeira grande coletânea em Londres, uma cidade que admiro muito. As obras de arte selecionadas refletem minha prática nos últimos anos, e ainda incluem novas obras feitas especialmente para esta mostra".
A exibição foi desenvolvida com a colaboração próxima de Weiwei, disse a academia. "O artista navegou virtualmente pelos espaços de seu estúdio em Pequim através de imagens em vídeo das galerias e dos planos arquitetônicos. Os curadores também visitaram seu estúdio com frequência".