DUBAI (Reuters) - A Arábia Saudita, um poderoso apoiador dos rebeldes sírios, pediu no sábado o fim imediato ao que se diz ser crimes de guerra cometidos por forças leais ao presidente Bashar al-Assad, que retomam partes controladas por rebeldes de Aleppo.
"É de longe a pior tragédia humanitária do começo do século 21 que se desdobra diante dos olhos da comunidade internacional", afirmou a agência estatal de notícias SPA, citando uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores.
"Os terríveis massacres perpetrados em Aleppo ... representaram crimes de guerra contra a humanidade", disse a autoridade.
A cidade foi dividida entre o governo e as áreas rebeldes na guerra civil de quase seis anos, mas um avanço do exército sírio e seus aliados, que começou em meados de novembro, privou os insurgentes da maior parte de seu território em questão de semanas.
Uma operação para evacuar combatentes e civis da última área mantida pela oposição foi suspensa na sexta-feira, seu segundo dia, depois que milícias pró-governamentais exigiram que os feridos também fossem levados para fora das aldeias onde estão sob cerco dos rebeldes.
Funcionários de ambos os lados disseram no sábado que um novo acordo estava sendo negociado para completar a retirada das pessoas.
A Arábia Saudita acusa o rival Irã de se intrometer nos assuntos de outros países, incluindo a Síria, para expandir sua influência no mundo árabe.
A fonte saudita disse que Riade estava em contato com as potências regionais e internacionais "enfatizando a importância de tomar medidas imediatas para parar a carnificina" em Aleppo.
(Por Ahmed Tolba)
(Por Flavia Bohone; Edição de)