Por Jon Herskovitz
STEPHENVILLE, EUA (Reuters) - Eddie Ray Routh foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, depois que um júri o considerou culpado pelo assassinato de Chris Kyle, o ex-integrante uma unidade especial da Marinha dos EUA (a Navy SEAL) cuja autobiografia deu origem ao filme de sucesso "Sniper Americano".
Routh, 27 anos, ex-fuzileiro naval, foi considerado culpado de matar com vários tiros Kyle e um amigo de Kyle, Chad Littlefield, à queima-roupa em uma área montanhosa situada a 110 quilômetros de Fort Worth, em fevereiro de 2013. Os promotores disseram que ele armou uma emboscada para os dois a partir da retaguarda e ficou à espera de Kyle para descarregar completamente a arma.
Kyle era um peão de rodeio que se tornou membro da unidade SEAL, função em que foi responsável por mais mortes do que qualquer outro atirador militar dos Estados Unidos. Ele é venerado como uma celebridade em seu Estado natal, o Texas, e se tornou famoso no país em grande parte devido ao livro autobiográfico, um best-seller, e ao filme – indicado ao Oscar– dirigido por Clint Eastwood e estrelado por Bradley Cooper.
Depois de deixar o serviço militar, Kyle, que enfrentou problemas mentais, ajudou a aconselhar os veteranos em crise promovendo viagens para campo de tiro e palestras. Ele tinha levado seu vizinho Littlefield e Routh para as montanhas.
O júri deliberou durante um pouco mais de duas horas antes de chegar a um veredicto na terça-feira. Os promotores não pediram a pena de morte, optando pela sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional, enquanto os advogados de defesa argumentaram que Routh era um esquizofrênico paranoico e deveria ser declarado inocente por razões de insanidade. 2015-02-25T130752Z_1006900001_LYNXMPEB1O0HT_RTROPTP_1_CULTURA-EUA-CONDENA-SNIPERAMERICANO.JPG