LONDRES (Reuters) - Um suposto assassino em série de gatos que teria mutilado felinos de Londres durante três anos não existe, e raposas e outros animais selvagens provavelmente foram os responsáveis, disse a polícia local nesta quinta-feira.
Centenas de incidentes foram relatados à polícia, criando o temor generalizado de que um único indivíduo --apelidado de "Assassino de gatos do M25" ou "Assassino de gatos de Croydon" em referência ao anel viário da capital inglesa e à cidade onde as primeiras mutilações foram registradas-- seria responsável.
Entretanto, a polícia disse que, após exame minucioso das evidências e análise dos corpos em seis casos, não encontrou nada que indicasse envolvimento humano.
"Agentes que trabalharam ao lado de especialistas concluíram que centenas de mutilações de gatos relatadas em Croydon e outros locais não foram realizadas por um humano e provavelmente são resultado da predação ou da ação de animais selvagens", disse a polícia londrina.
A investigação policial começou em novembro de 2015, com relatos de gatos sem cabeça ou rabo em Croydon. Em seguida, muitos outros donos de felinos relataram histórias semelhantes, e os jornais britânicos especularam que o assassino de gatos poderia passar de animais para humanos.
Entretanto, a instituição de caridade de animais South Norwood Animal Rescue League (SNARL) realizou autópsias em 25 gatos, chegando à conclusão que a causa das mortes foi traumatismo, o que torna mais provável que os gatos tenham sido atropelados e que as mutilações tenham ocorrido após a morte.
Em três casos, imagens de câmeras de segurança mostraram raposas carregando partes do animal morto, inclusive uma que levou a cabeça de um gato a uma escola de Catford, ao sul de Londres. Exames adicionais, realizados em seis casos que ainda pareciam suspeitos mostraram que os gatos haviam sido vítimas de animais selvagens.
(Reportagem de Michael Holden)