QUITO (Reuters) - A Assembleia do Equador autorizou nesta sexta-feira que o vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, possa ser investigado por suposto crime de associação ilícita no caso da rede de propinas da construtora brasileira Odebrecht.
A decisão foi tomada por unanimidade entre os 128 membros da assembleia presentes na rápida sessão, entre eles os membros do partido governista, Aliança País, a qual Glas pertence.
“Por unanimidade, o plenário da Assembleia Nacional autorizou a acusação penal do vice-presidente Jorge Glas”, informou o órgão em sua conta no Twitter.
Com a decisão do Poder Legislativo, o mais alto tribunal de Justiça do país pode fixar uma data para realizar a audiência na qual irá vincular Glas ao processo penal, no qual estão envolvidos altos funcionários do governo do ex-presidente Rafael Correa e um tio do vice-presidente.
Os membros do partido governista na Assembleia endossaram a autorização a pedido do próprio Glas, que expressou seu desejo de se defender legalmente e que disse que nunca esteve envolvido em nenhum ato de corrupção.
A Corte Nacional de Justiça necessitava da autorização da Assembleia Nacional antes de iniciar o julgamento penal contra Glas, cujas funções de vice-presidente foram retiradas no início do mês pelo presidente Lenín Moreno, que acusou o vice de falta de lealdade com o governo.
(Reportagem de Alexandra Valencia)