CARACAS (Reuters) - A Fedecamaras, principal associação empresarial da Venezuela, cobrou nesta terça-feira o governo do presidente Nicolás Maduro a desistir da polêmica eleição de domingo para formação de uma Assembleia Constituinte.
A oposição afirma que a medida representa um ato ditatorial, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou na semana passada impor sanções econômicas contra a Venezuela se a Constituinte for confirmada.
A Fedecamaras disse que a Assembleia Constituinte é "inconstitucional e desnecessária", e não representa um caminho para o fim da crise na Venezuela.
"Nós exigimos que o Executivo abandone sua intenção de impor uma nova Constituição", disse a associação em comunicado.
Maduro prometeu que a votação será realizada no domingo e tem rebatido seus críticos, que ele diz não terem os interesses da Venezuela em primeiro lugar.
A Venezuela atravessa uma grande crise econômica e política, com milhões de pessoas enfrentando dificuldades para obter comida e meses de protestos antigoverno que já deixaram mais de 100 mortos.
(Reportagem de Girish Gupta)