MOGADISHU (Reuters) - Um ataque de militantes islâmicos a um hotel na capital da Somália terminou neste domingo, após ao menos 29 pessoas morrerem em um cerco que durou quase 12 horas, segundo a polícia, ressaltando a capacidade dos insurgentes de realizar ataques mortais no coração da cidade.
Há duas semanas atrás, bombas em Mogadishu mataram mais de 350 pessoas, no pior ataque do tipo na história do país.
"Até o momento, tenho certeza de que 29 pessoas morreram -- o número de mortos pode subir", disse à Reuters um policial, Abdullahi Nur.
Ao menos 12 dos mortos eram policiais, segundo Nur. Uma mulher, Madobe Nunow, foi decapitada, enquanto seus três filhos morreram com tiros, disse ele.
Uma testemunha da Reuters viu sete corpos dentro do hotel.
Três militantes foram capturados vivos e outros dois se explodiram depois que foram baleados, disse a polícia.
O ataque começou por volta das 17 horas no sábado, com um carro-bomba arremessado contra os portões do hotel Nasahablod Two, que é próximo ao palácio presidencial. Homens armados então invadiram o prédio depois que a bomba destruiu suas defesas. O cerco terminou no domingo de manhã.
A explosão destruiu a frente do hotel de três andares e um hotel ao lado também foi danificado. Muitas autoridades somali vivem em hotéis fortificados porque oferecem uma melhor proteção contra ataques.
O grupo islâmico al Shabaab reivindicou o ataque e disse que 40 pessoas foram mortas, incluindo três de seus guerreiros que invadiram o hotel. O governo e o grupo tipicamente apresentam números diferentes para vítimas em ataques como esses.
O grupo de militantes quer derrubar o fraco governo local, apoiado pelas Nações Unidas, e impor uma forma rígida da lei islâmica.
(Por Abdi Sheikh e Feisal Omar)