Por Abdi Sheikh
MOGADÍSCIO (Reuters) - Ao menos nove pessoas foram mortas nesta quarta-feira na capital da Somália, Mogadíscio, quando um agressor chocou um carro contra um hotel, disseram testemunhas e a polícia, em um ataque reivindicado pelo grupo militante islâmico al Shabaab.
Segundo a polícia, homens armados mantinham pelo menos 20 pessoas reféns em um restaurante.
Troca de tiros ocorreu após o ataque no hotel Posh, único local com uma discoteca na capital, disse uma testemunha da Reuters.
Testemunhas disseram que o distrito inteiro foi isolado pela polícia e que tiroteios esporádicos ainda puderam ser ouvidos.
“Até o momento, podemos confirmar que nove pessoas – em maioria mulheres que eram funcionárias do hotel – morreram”, disse o policial Mohamed Hussein.
Hussein disse à Reuters que o agressor chocou o carro repleto de explosivos contra a entrada do hotel. Outro policial disse que atiradores invadiram um restaurante adjacente ao hotel no centro de Mogadíscio.
O al Shabaab, que realizou uma campanha de bombardeios suicidas em sua tentativa de derrubar o governo da Somália e impor sua interpretação rígida do islã, reivindicou responsabilidade.
“Um mujahid (combatente) com seu carro-bomba suicida se martirizou após chocar contra o hotel Posh, que é uma casa noturna. A operação segue em frente”, disse Abdiasis Abu Musab, porta-voz militar do grupo, à Reuters.
Desde que perdeu amplas faixas de território para tropas de paz da União Africana, que apoia o governo, o grupo tem frequentemente realizado operações e ataques mortais em Mogadíscio e outras regiões controladas pelo governo federal.
O país do Chifre da África tem sido atormentado por conflitos armados desde 1991, quando chefes militares separados em clãs derrubaram o ditador Siad Barre e então disputaram entre si.