SANAA (Reuters) - Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita mataram pelo menos 16 pessoas no Iêmen nesta sexta-feira, afirmou a milícia dominante do país, os houthis, enquanto que a União Europeia e os Estados Unidos pediram uma pausa na guerra para a entrega de ajuda humanitária a civis afetados.
Uma coalizão árabe vem bombardeando forças houthis, que têm apoio do Irã, e unidades aliadas do Exército desde março em uma campanha para reconduzir o presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, ao cargo.
Forças houthis declararam que seis pessoas, incluindo uma mulher e uma criança, foram mortas e que outras seis ficaram feridas num bombardeio de madrugada na vizinhança de Al Jaraf, na capital, Sanaa.
A agência de notícias Saba, controlada pelos houthis, relatou que 10 pessoas morreram nos ataques aéreos encabeçados pelos sauditas num edifício na cidade de Bayt al-Faqih, na província de Al Hodeida, no sudoeste iemenita.
A ofensiva aérea também atingiu a montanha Faj Attan, de onde se tem uma visão de Sanaa e que abriga uma base militar e um depósito de armas que foram alvejados repetidamente no decurso da guerra de três meses no país da Península Arábica.
No ataque da madrugada, aviões de guerra ainda alvejaram o prédio do Ministério das Comunicações, afirmou a Saba, incendiando-o e destruindo edifícios próximos.
Os aviões voltaram para mais uma investida contra Sanaa perto do meio-dia, mas não surgiram relatos de baixas ou danos de imediato.
Os houthis capturaram Sanaa em setembro, expulsando o gabinete de Hadi, e passaram a avançar para o sul e o oeste. O presidente acabou fugindo pelo porto de Áden em março, depois que os houthis avançaram sobre seu refúgio no sul e se exilou em Riad.
(Reportagem de Mohammed Ghobari, em Sanaa; de Adrian Croft, em Londres)