Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - Ataques aéreos por parte da coalizão mataram desde março ao menos 300 civis na cidade de Raqqa, no norte da Síria, conforme forças apoiadas pelos Estados Unidos aumentam o cerco sobre o reduto do Estado Islâmico, afirmaram investigadores de crime de guerra da ONU, nesta quarta-feira.
As Forças Democráticas da Síria (FDS), um grupo de milícias curdas e árabes apoiadas por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, começou a atacar Raqqa há uma semana para tomá-la dos jihadistas. As FDS, apoiadas por pesados ataques aéreos da coalizão, dominaram territórios ao oeste, leste e norte da cidade.
"Ataques aéreos da coalizão se intensificaram ao redor da cidade", disse Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão de Inquérito da ONU.
"À medida que a operação está ganhando velocidade rapidamente, civis estão presos na cidade sob o governo opressor do Estado Islâmico, enfrentando perigo extremo associado ao movimento devido a excessivos ataques aéreos", disse a repórteres.
Karen Abuzayd, uma comissária norte-americana no painel independente, disse: "Nós documentamos as mortes causadas somente pelos ataques aéreos da coalizão e nós temos aproximadamente 300 mortes, 200 em um lugar, em al-Mansoura, um vilarejo".
Os investigadores da ONU não têm acesso à Síria. Eles entrevistam sobreviventes e testemunhas em países vizinhos ou pessoas que ainda estão na Síria por Skype.