Por Nidal al-Mughrabi
CAIRO (Reuters) - Ataques militares israelenses mataram pelo menos 15 palestinos em Gaza neste domingo, segundo médicos, enquanto as forças de Israel mantiveram bombardeios em todo o território e explodiram casas no extremo norte.
No campo de Nuseirat, na região central de Gaza, um ataque aéreo israelense matou seis pessoas em uma casa, e outro ataque matou mais três pessoas em uma residência na Cidade de Gaza, segundo médicos.
Duas crianças foram mortas quando um míssil atingiu um acampamento em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, enquanto outras quatro pessoas foram mortas em um ataque aéreo em Rafah, perto da fronteira com o Egito, disseram médicos à Reuters.
Moradores disseram que militares de Israel explodiram grupos de casas nas áreas de Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun, no norte de Gaza, onde as forças israelenses operam desde outubro deste ano.
Os palestinos afirmam que as operações de Israel na extremidade norte do território fazem parte de um plano para retirar as pessoas por meio de evacuações forçadas e bombardeios para criar uma zona tampão - uma alegação que o exército nega.
O braço armado do Hamas diz que matou muitas forças israelenses em ataques com foguetes antitanque e morteiros, e em emboscadas com dispositivos explosivos desde o início da nova operação.
PRISIONEIROS, CONVERSAÇÕES
Dois prisioneiros palestinos de Gaza morreram sob custódia israelense, disseram grupos de defesa dos prisioneiros no domingo, elevando para 47 o número de detidos mortos desde o início da guerra.
O Serviço Prisional de Israel disse que os casos não estavam sob sua jurisdição e não houve nenhum comentário imediato dos militares que dirigem os campos de detenção.
Israel negou as acusações de organizações palestinas e internacionais de direitos humanos de que os detentos foram maltratados e torturados em suas prisões e campos de detenção.
Enquanto isso, os líderes do Hamas conversaram no Cairo com autoridades de segurança egípcias para explorar maneiras de chegar a um acordo com Israel que poderia garantir a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
A visita foi a primeira desde que os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira que retomarão esforços - em colaboração com Catar, Egito e Turquia - para negociar um cessar-fogo em Gaza.
O Hamas está buscando um acordo que ponha fim à guerra, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a guerra só terminará quando o Hamas for erradicado.
A campanha militar de Israel em Gaza já assassinou mais de 44.300 pessoas e deslocou quase toda a população do território, segundo as autoridades de Gaza. Vastas áreas de Gaza estão em ruínas após intermináveis bombardeiros de Israel, que tem no Exército dos EUA um importante aliado.