Por Surapan Boonthanom
BANCOC (Reuters) - Supostos insurgentes separatistas invadiram um posto de segurança no sul de maioria muçulmana da Tailândia e mataram ao menos 15 pessoas, incluindo um policial e muitos voluntários da segurança de um vilarejo, disseram autoridades de segurança nesta quarta-feira.
Foi o pior ataque isolado em anos em uma região instável, na qual uma insurgência muçulmana de longa data já matou milhares de pessoas na luta contra o governo central do país majoritariamente budista.
Os agressores que agiram na província de Yala também usaram explosivos e espalharam pregos nas ruas para atrasar seus perseguidores na noite de terça-feira.
"Isto provavelmente é obra dos insurgentes", disse o coronel Pramote Prom-in, porta-voz da segurança militar regional, à Reuters. "Este é um dos maiores ataques em tempos recentes".
Ninguém assumiu a autoria da ação, como é comum em ataques do tipo na região.
Uma insurgência separatista que atua há décadas nas províncias de maioria étnica malaia muçulmana de Yala, Pattani e Narathiwat já matou quase 7 mil pessoas desde 2004, disse o Deep South Watch, um grupo que monitora a violência.
Muitos dos mortos no posto de segurança eram membros dos Voluntários da Defesa do Vilarejo, uma organização de vigilância comunitária, que se acredita que estavam fornecendo informações à polícia local e aos militares.
"Normalmente, os insurgentes não atacam estes voluntários do vilarejo porque são considerados civis, a menos que eles cruzem a linha e se tornem parte do aparato estatal", explicou Don Pathan, especialista no sul profundo da Tailândia, à Reuters.
Alguns grupos rebeldes do sul dizem que estão lutando para estabelecer um Estado independente.
(Reportagem adicional de Panu Wongcha-um e Panarat Thepgumpanat)