NAIRÓBI (Reuters) - Atiradores não identificados mataram quatro pessoas na noite de sábado em duas aldeias ao sudeste de Bujumbura, capital do Burundi.
Os assassinatos são os mais recentes de uma onda de violência que atingiu a pequena nação na África central desde a eclosão de uma disputa política há um ano.
Os ataques entre as forças de segurança do presidente Pierre Nkurunziza e a oposição vêm ocorrendo desde o anúncio em abril de 2015 de que ele iria concorrer a um terceiro mandato.
Mais de 400 pessoas foram mortas devido à onda de violência subsequente ao anúncio, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de direitos humanos.
Segundo a oposição, um terceiro mandato violaria a Constituição de Burundi e o pacto de paz que encerrou a guerra civil que aconteceu entre 1993-2005.
De acordo com uma norma constitucional, no entanto, Nkurunziza teria o direito de estender seu mandato.
Com base nessa norma, o governo organizou uma eleição em julho, na qual o presidente foi o vencedor.
Etienne Nijimbere, uma autoridade governamental local, disse à Reuters neste domingo que os atiradores atacaram dois vilarejos no distrito de Mugamba, 60 quilômetros ao sul de Bujumbura, matando quatro pessoas.
Outra fonte contou à Reuters que “alguns dos atiradores vestiam uniformes militares e estavam encapuzados”.
Segundo Nijimbere, os quatro foram mortos provavelmente por serem membros do CNDD-FDD, partido vigente no poder.