Por Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos EUA, nesta segunda-feira, decidiu a favor do ativista do Vidas Negras Importam (Black Lives Matter) DeRay McKesson em sua tentativa de evitar o processo de um policial ferido durante um protesto em 2016 em Louisiana, motivado pelo assassinato de um homem negro pela polícia.
Os ministros descartaram uma decisão de tribunais inferiores que havia permitido que o processo avançasse e disseram que mais análises seriam necessárias para determinar se a lei estadual da Louisiana permite esse tipo de processo.
McKesson argumentou que os direitos de liberdade de expressão e de assembleia sob a Primeira Emenda da Constituição dos EUA deveriam protegê-lo do processo que o acusa de negligência por ter liderado o protesto em Baton Rouge, mas o tribunal não resolveu a questão.
“A questão constitucional, embora inegavelmente importante, está implicada apenas se, em primeiro lugar, a lei da Louisiana permitir a recuperação sob essas circunstâncias”, afirmou o tribunal na decisão não assinada.
O policial foi seriamente ferido após ser atingido no rosto por uma pedra ou pedaço de concreto atirado por uma pessoa não identificada, não por McKesson.
O litígio agora continuará nos tribunais inferiores.
O conservador Clarence Thomas foi a opinião dissidente e a recém-nomeada Amy Coney Barrett não participou, conforme a decisão.
(Reportagem de Lawrence Hurley)