TRZEBIESZOW, Polônia (Reuters) - Um ativista começou a fotografar membros da comunidade LGBT da Polônia perto de um anúncio falso de uma "zona livre de LGBT" nos arredores de cidades que aprovaram moções rejeitando o que chamam de "ideologia LGBT" ou defendendo valores familiares tradicionais.
Bartosz Staszewski, um cineasta de 29 anos, já tirou retratos de cinco pessoas até agora, e planeja outros 32 que visarão cidades que ele acredita terem adotado as posturas mais duras contra a comunidade gay.
Sua ação é um protesto contra o que ele classifica de "campanha de ódio" do partido governista polonês Lei e Justiça (PiS), que diz que a "ideologia" de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros é uma influência estrangeira invasiva que mina os valores tradicionais do país rigidamente católico.
Na Polônia, que não reconhece nenhuma forma de união homossexual, as paradas de celebração da vida LGBT se tornaram focos de violência no ano passado antes das eleições de outubro.
No projeto artístico autofinanciado, que está disponível nas redes sociais, Staszewski fotografa membros da comunidade LGBT local diante de um anúncio de uma "zona livre de LGBT" em quatro línguas. Ele retira o anúncio depois de cada sessão de foto.
"Estou visualizando, incentivando um debate", disse Staszewski à Reuters enquanto se preparava para fotografar Jakub Przybysz, gay de 26 anos e ex-morador de Trzebieszow, cidade do leste polonês.