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Ativistas se reúnem nos EUA um ano depois da decisão da Suprema Corte que permitiu a proibição do aborto

Publicado 24.06.2023, 16:50

Por Julia Harte

(Reuters) - Ativistas pelo direito ao aborto e seus adversários realizaram manifestações distintas ao redor dos EUA neste sábado, o primeiro aniversário da decisão da Suprema Corte que reverteu a deliberação Roe v. Wade, que havia legalizado o procedimento no país.

Em Washington, representantes de grupos nacionais pelo direito ao aborto, como a Marcha das Mulheres e a Naral Pró-Escolha América, reuniram-se no Columbus Circle para comemorar a derrota de alguns adversários do aborto nas eleições de meio de mandato em 2022 e reunir eleitores antes das eleições para o Congresso e para a Presidência do próximo ano.

No outro lado da cidade, no Lincoln Memorial, grupos anti-aborto, como o Estudantes Pela Vida América, realizaram o comício “Dia Nacional de Celebração da Vida”. O ex-vice-presidente Mike Pence, candidato republicano à Presidência em 2024, estava entre as pessoas que deram discursos.

“Nunca descansaremos, nunca cederemos, até restaurarmos a santidade da vida no centro da lei norte-americana em cada Estado deste país”, disse Pence, neste sábado, em uma pré-manifestação para Iowa, o primeiro Estado do processo de nomeação de um candidato republicano para a eleição presidencial do próximo ano.

Uma multidão gritou “mais quatro anos” em Charlotte, Carolina do Norte, enquanto a vice-presidente democrata, Kamala Harris, discursava a favor de legislação nacional para proteger o direito ao aborto. Uma nova lei apoiada pelos republicanos entrará em vigor na Carolina do Norte em 1º de julho, cortando uma janela legal para abortos de 20 para 12 semanas de gravidez.

“Sabemos que esta luta não será vencida de verdade até garantirmos esse direito para todos os norte-americanos, o que significa, no fim das contas, que o Congresso dos EUA terá que repor o que a Suprema Corte retirou”, disse Kamala.

Cerca de 64% das pessoas que responderam a uma pesquisa da Reuters/Ipsos em maio disseram que tinham menos inclinação a votar em um candidato à Presidência que apoia leis restringindo severamente o aborto, enquanto 36% disseram que estavam mais inclinados a apoiar um candidato como esse.

(Reportagem de Julia Harte; reportagem adicional de Gram Slattery)

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