BANGCOC (Reuters) - Dezenas de ativistas tailandeses protestaram neste domingo contra um eventual adiamento das eleições gerais do país marcadas para o próximo mês, na primeira manifestação desde que o governo militar suspendeu a proibição do ativismo político imposta após um golpe em 2014.
A junta que governa o país já prometeu e adiou a eleição várias vezes desde que chegou ao poder, com a última data definida para o dia 24 de fevereiro.
No entanto, a votação pode sofrer ainda outro adiamento depois que o vice-primeiro-ministro, Wissanu Krea-Ngam, disse na última sexta-feira que os eventos pós-eleitorais podem colidir com rituais relacionados à coroação do rei Maha Vajiralongkorn entre os dias 4 e 6 de maio.
Isso provocou o primeiro protesto desde que o governo suspendeu a proibição de ativismo político e a reunião de mais de cinco pessoas nas ruas em dezembro.
"Queremos que o governo realize uma eleição o mais cedo possível, para que a democracia possa avançar em nosso país", disse Anon Nampa, advogado de direitos humanos e ativista do grupo que organizou a manifestação na região do Monumento da Vitória, no centro de Bangcoc.
(Por Patpicha Tanakasempipat e Juarawee Kittisilpa)