CHICAGO (Reuters) - Um grande júri de Chicago indiciou o ator Jussie Smollett por 16 delitos, o acusando de mentir para a polícia ao dizer que foi vítima de um crime de ódio, segundo documentos do tribunal.
Smollett, que é negro, abertamente gay e interpreta um personagem gay na série da Fox “Empire”, havia anteriormente sido alvo de uma única acusação de mentir para a polícia sobre um suposto ataque racista e homofóbico no dia 29 de janeiro, que teria sido conduzido por apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Uma porta-voz de Smollett, que foi preso e depois liberado mediante pagamento de fiança de 100 mil dólares duas semanas atrás em conexão com a primeira acusação contra o ator, não retornou de imediato uma ligação ou email buscando comentários. Um advogado de Smollett não pôde ser encontrado de imediato para comentar.
O indiciamento, determinado por um grande júri nesta quinta-feira, acusa Smollett por 16 delitos de conduta desordeira por supostamente fazer relatos falsos de um ataque a investigadores da polícia. Uma cópia do documento foi fornecida à Reuters por um funcionário do Tribunal do Condado de Cook.
Quando o ator foi acusado pela primeira vez, o chefe da polícia de Chicago disse que Smollett contratou dois irmãos para forjar um ataque contra ele.
De acordo com relatos anteriores feitos à polícia, Smollett disse que dois homens mascarados o abordaram em uma rua escura gritando insultos racistas e homofóbicos, o agrediram, jogaram uma “substância química desconhecida” sobre ele e amarraram uma corda ao redor do seu pescoço antes de fugirem.
De acordo com o relato, os agressores teriam gritado “Esse é o país MAGA”, em referência ao slogan “Torne a América Grande Novamente” ("Make America Great Again", em inglês) de Trump.
Smollett foi sozinho a um hospital após o suposto ataque, mas não ficou gravemente ferido, disse a polícia.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago) OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20190308T233538+0000 20190308T233821+0000