SYDNEY (Reuters) - O ministério das Relações Exteriores da Austrália disse neste sábado que o governo aplicaria sanções direcionadas à Rússia e ao Irã em resposta ao que chamou de violações “escandalosas” de direitos humanos.
O ministro das Relações Exteriores, Penny Wong, disse em um comunicado que estava impondo sanções estilo Magnitsky em 13 indivíduos e duas entidades, incluindo a Polícia da Moralidade do Irã e a Força de Resistência Basij, e seis iranianos envolvidos na repressão aos protestos que começaram após a morte de Mahsa Amini, 22 anos, sob custódia, em setembro.
Em um artigo de opinião para o jornal Sydney Morning Herald, Wong afirmou que sanções se aplicam a Sadegh Hosseini, que ela descreveu como comandante sênior da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Ele foi listado pelo seu suposto papel no “uso indiscriminado de violência contra manifestantes”.
“O flagrante e generalizado desrespeito do regime do Irã aos direitos humanos do seu próprio povo chocou os australianos, e os perpetradores precisam ser responsabilizados”, escreveu Wong, no jornal.
O ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou a medida, dizendo que se trata de uma interferência aos assuntos internos da República Islâmica e “incitação à violência”, segundo a imprensa local.
Além das sanções de direitos humanos, Wong afirmou que a Austrália estava impondo novas sanções financeiras contra três iranianos e um empresário iraniano por fornecimento de drones à Rússia para serem utilizados contra a Ucrânia.
(Reportagem de Sam McKeith, reportagem adicional da redação de Dubai)