NOVA DÉLHI (Reuters) - As chances de Yakub Memon evitar enforcamento por seu papel no atentado a bomba de 1993 em Mumbai acabaram nesta quarta-feira, quando o Supremo Tribunal da Índia rejeitou seu último apelo por misericórdia horas antes do horário previsto para sua execução.
A menos que o presidente indiano, Pranab Mukherjee, interceda, Memon subirá à forca às 7h de quinta-feira (22h30 desta quarta-feira, no horário de Brasília), em seu 53º aniversário, por ter sido o "espírito inspirador" de uma série de ataques que mataram pelo menos 257 pessoas.
O caso despertou polêmica porque a polícia cogitou que o irmão de Memon, "Tigre" Memon, e o chefe mafioso Dawood Ibrahim fossem os autores dos ataques, concebidos para vingar a destruição de uma antiga mesquita levada a cabo por zelotas hindus em 1992. Os dois homens continuam à solta.
Embora o púbico apoie a execução de Memon, vários parlamentares e juízes aposentados saíram em seu apoio, dizendo que a pena é muito severa à luz da ajuda que ele deu aos investigadores na solução do atentado a bomba mais grave da história do país.
Um conselho de juízes do Supremo Tribunal rejeitou a petição de última hora de Memon, removendo a última barreira jurídica para seu enforcamento, que deve ocorrer em uma prisão da cidade de Nagpur, no oeste indiano.
(Por Suchitra Mohanty e Aditya Kalra; Reportagem adicional de Neha Dasgupta, em Mumbai)