Por Joyce Lee
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte reverteu a decisão de retirar seu pessoal de um escritório de ligação intercoreano e enviou alguns funcionários de volta ao trabalho nesta segunda-feira, disse a Coreia do Sul, em uma reviravolta ocorrida depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu não impor sanções adicionais a Pyongyang.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte comunicou que estava saindo do escritório poucas horas depois de os EUA adotarem as primeiras sanções novas desde o fracasso da segunda cúpula entre os dois países no mês passado.
O escritório de ligação de Kaesong, na Coreia do Norte, foi aberto em setembro e se tornou um dos principais desdobramentos da reaproximação entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul no último ano.
A retirada dos funcionários norte-coreanos estava sendo vista como um revés nas tentativas do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de se engajar com Pyongyang.
Mas na sexta-feira Trump disse que decidiu não impor novas sanções de larga escala contra o regime -- medida que, segundo especialistas, pode ser uma tentativa de conter as tensões ou sinalizar que a campanha de "pressão máxima" de sanções não será intensificada.
"Alguns dos funcionários norte-coreanos estão trabalhando no escritório de ligação nesta segunda-feira", disse o Ministério da Unificação sul-coreano em um comunicado.
Os dois lados fizeram uma consulta no escritório de ligação nesta segunda-feira e continuarão a operá-lo como sempre, já que funcionários norte-coreanos disseram ao país vizinho que "viemos fazer nosso turno como sempre hoje", acrescentou o Ministério.
Nenhuma das autoridades de alto escalão estava entre os quatro ou cinco funcionários norte-coreanos, relatou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.