Por Doina Chiacu e Deborah Bloom
WASHINGTON/PORTLAND (Reuters) - Autoridades do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos disseram nesta segunda-feira que não têm intenção de se retirar de Portland, no Oregon, depois de uma operação federal de repressão a protestos antirracismo que incluiu o uso de carros sem insígnias e agentes não identificados e camuflados.
Semanas de protestos em Portland contra a brutalidade policial e o racismo sistêmico se intensificaram quando agentes federais começaram a reprimir as multidões na semana passada, usando gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes e levando alguns sob custódia sem explicação.
O DHS enviou unidades a Portland para ajudar a proteger instalações do governo depois de receber informações a respeito de ataques planejados perto do dia 4 de julho, disseram autoridades do departamento.
"O DHS não recuará de suas responsabilidades. Não estamos intensificando, estamos protegendo", disse Chad Wolf, secretário em exercício de Segurança Interna, à rede Fox News.
Cerca de 1.500 manifestantes se reuniram na noite de domingo diante do tribunal federal, que tem sido o centro dos protestos desde que o afro-norte-americano George Floyd foi morto pela polícia de Mineápolis no dia 25 de maio. Um grupo de cerca de 50 mães vestindo camisetas amarelas compareceu, e a certa altura dançou em fila ao som de um tambor.
Wolf disse que as forças federais da lei estavam fazendo seu trabalho.
"Não nos desculparemos por isso. Nós vamos agir profissionalmente e o faremos corretamente."
O presidente Donald Trump repudiou no domingo os protestos em Portland e a violência em outras cidades "controladas por democratas".
(Por Doina Chiacu e Lisa Lambert em Washington, Deborah Bloom em Portland e Maria Caspani em Nova York)