Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades britânicas estabeleceram uma conexão entre Mohammed Emwazi, um londrino identificado por fontes de segurança nacional dos Estados Unidos como "Jihadi John", o militante empunhando uma faca que apareceu em vídeos retratando decapitações de reféns ocidentais, e outro militante britânico morto na Somália num ataque de drone norte-americano.
Uma decisão de um tribunal britânico datada de dezembro de 2011 informou que Emwazi era associado a Bilal al Berjawi, líder do grupo militante somali al Shabaab, afirmou uma pessoa em posse da decisão judicial. A imprensa disse que ele ajudou a supervisionar o recrutamento e formação de novos membros da al Shabaab.
Berjawi foi ferido num ataque aéreo de 2011 contra uma base da al Shabaab. Nesse mesmo ano, autoridades britânicas revogaram sua cidadania britânica. As autoridades da Grã-Bretanha não quiseram comentar o caso.
Em janeiro de 2012, Berjawi foi morto num ataque de drone dos EUA nos arredores de Mogadíscio.
De acordo com um artigo biográfico publicado em 2013 pelo Centro de Combate ao Terrorismo, uma unidade de pesquisa ligada à Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, Berjawi era nascido no Líbano em setembro de 1984, com nacionalidade britânica, educado em Beirute, cujos pais o levaram ao Reino Unido ainda criança.
O artigo dizia que Berjawi foi à Somália antes de o grupo al Shabaab ser criado oficialmente. Depois, "subiu na hierarquia da al Shabaab e a célula estrangeira ligada à Al Qaeda" para se tornar uma figura que seria o número dois, apenas abaixo do chefe de operações no Leste da África da Al Qaeda, Fazul Abdullah Mohammad.