WASHINGTON (Reuters) - Autoridades dos Estados Unidos negaram nesta sexta-feira uma reportagem do jornal The Wall Street Journal que diz que o governo Obama estaria considerando libertar antecipadamente Jonathan Pollard, um ex-oficial de inteligência da Marinha norte-americana condenado por espionar para Israel.
O Departamento de Justiça afirmou que Pollard deve servir toda a sua sentença de 30 anos, ressaltou que ele é elegível para receber liberdade condicional numa audiência em novembro, mas insistiu que o governo não tem qualquer influência na forma como esse processo se desenvolve.
Uma autoridade dos EUA rejeitou a hipótese de que a libertação de Pollard teria a intenção de tentar suavizar as tensas relações com Israel após o acordo nuclear iraniano, o que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se opõe ferozmente.
O jornal afirmou que algumas autoridades norte-americanas estão pressionando pela libertação de Pollard em questão de semanas, enquanto que outras esperam que isso poderia levar meses, possivelmente na audiência sobre a liberdade condicional em novembro.
Sucessivos governos israelenses têm apelado para a libertação de Pollard, o que seria muito popular em Israel, mas os presidentes norte-americanos sempre resistiram. Pollard, de 60 anos, foi condenado em 1987 de espionagem para Israel e condenado à prisão perpétua.
O Departamento de Justiça afirmou que "sempre manteve e manterá a opinião que Jonathan Pollard deve cumprir a pena integral pelos graves crimes que cometeu."
(Reportagem de Matt Spetalnick, Julia Edwards, Eric Beech e Jeff Mason)